Édipo Rei é uma peça de Sófocles – o mais importante dramaturgo grego – e se
trata da tragédia que se abate sobre a família de Édipo. A peça foi a base para a teoria de Complexo de Édipo de
Freud: quando uma criança atinge a maturidade sexual, ela entende as diferenças
entre os sexos e tem sentimentos contraditórios de amor e hostilidade (amor à
mãe e ódio ao pai), provando a importância da obra. A peça é bem escrita e,
mesmo que com um português um tanto rebuscado, é fácil de se compreender o
texto. São apenas 92 páginas e ainda que a leitura possa se tornar um
pouco arrastada no melodrama, isso não dificulta em nada na interpretação da
história.
(...)"A tragédia não retrata a atualidade da Grécia antiga, mas fala a respeito de um aspecto universal, comum a todos os homens de todas as épocas, o destino de cada um enquanto indivíduo. (...) O que devemos fazer para aceitar melhor as nossa limitações e incapacidades? –para os gregos as limitações da condição humana estão entranhadas com aquilo que eles entediam por destino. (...) Na Grécia antiga não havia a noção de “eu” tal como temos hoje, um “eu” individual, fragmentado, deslocado da vida pública. O grego não se considera senhor de sua integridade, ele sabe que existem forças que agem no indivíduo que independem da vontade, por exemplo, a constituição biologia, a história vivida de cada um, o contexto social. São condicionamentos ao homem que independem dele. O grego entendia todos esses condicionamentos no conceito de destino." (...)
Fonte: Mundo dos Filósofos
Dessa forma, os alunos do terceiro ano do EM leram e discutiram a obra Édipo rei nas aulas de Filosofia, que tiveram como tema as relações entre Filosofia e Psicanálise.
Havendo a aceitação e apreciação da obra pelos alunos, decidimos dramatizá-la. Assim, os alunos construíram a adaptação do texto, distribuíram entre si os papéis e realizaram a leitura coletiva e pública da adaptação.
Esta atividade fez parte de um projeto anterior, qual seja, a construção de um bar filosófico, Bar "Chopp'n hour" (Schopenhauer), mas isto é uma outra história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário